Friday, November 20, 2009

EXISTIR EM FURTA-COR

Ando investindo numa estratégia de captura do tempo, o tempo mesmo, que no estágio atual das minhas buscas se parece com o predomínio sincero de uma cor. Tentei sépia, uma cor que é matriz na impressão de cores; arrisquei o preto e branco, essa disposição de todas e nenhuma cor na elegância precisa dos contrastes; estou tentando a cor difusa, a cor diversa e singular, cambiante segundo a intensidade e a direção da luz, que não é todas ou nenhuma e talvez nem mesmo seja uma cor: a falsa ou o furta-cor. Sim, porque o tempo também oscila na veloz intensidade da luz, entre sentidos que os sujeitos produzem para as coisas, seus lugares, colorindo-se todo de furta-vidas.

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